18/12/2012

O mundo aos olhos de Clarissa- Uma pequena carta


'... Se permita errar um pouco mais Clarissa. Não se cobre tanto. Esse alto nível de cobrança só te faz ficar inibida.
Não se esqueça do seu passado. Para ser bem clichê... das suas origens. É isso mesmo, você parece estar bem despreocupada com isto. Cuide mais. Abrace mais. Mostre que se importa. As pessoas não ficarão aqui para sempre.
Respire, relaxe... aproveite o que possui. Comece a ver o lado bom da vida, os pontos positivos. Continue crendo que tudo acontece com um propósito.
Não se deixe desanimar, você é mais capaz do que pensa! ...'

07/12/2012

O mundo aos olhos de Clarissa- Um caso de burrice


Viva Clarissa! Hoje disseram que ela não sabe muito da vida, mas se ela for tão vazia e sofrida como conhece... então prefere nem descobrir o que há lá fora. Sua redoma de vidro já é difícil. Pra que mais problemas? Ou prazeres rápidos? Crítica profunda, eu sei.
Cresça Clarissa. - Diz a maioria. 
O que é crescer pra você? Sair para todas farras, 'encher a cara', 'pegar geral' e voltar pra casa ás cinco da manhã? Bela teoria essa sua.
Clarissa defende que é muito mais. É saber se sair de situações complicadas. Ter sabedoria para tratar bem quando na verdade se quer xingar aos quatro ventos. É ter responsabilidades e cumpri-las. Crescer é saber a hora de fazer tudo e com moderação. Mas o ser humano, em geral, é burro demais para entender isto. 

06/12/2012

O mundo aos olhos de Clarissa- Posso, sem armas, revoltar-me?


Esse misto de angústia e tristeza não abandonam Clarissa. Até eu já estou começando a crer que a maré dessa garota realmente não está pra peixe.
Suas lágrimas escorrem pelos lençóis. Clarissa já não sabe se tenta, se desiste, se vai, se fica, se chora ou se sorri. Reflete. Mas afinal, pra que fazer aparências? Pra agradar as pessoas? Ela não precisa disso. Pra esconder das pessoas? Boca fechada não entra mosca. Sofrer é tão normal quanto respirar. O ser humano já deveria estar acostumado com isto. No futuro o que lhe aguarda é a morte.
Agora Clarissa sente-se dolorida. De todas as formas possíveis. Se sente vazia, mas transborda um sentimento ruim. Não sabe dar nome para ele. Na verdade, prefere não dar nomes ao que não quer se apegar.
Seu corpo está dormente e seu semblante cansado. Coitada de Clarissa, está sofrendo em silêncio. Desejou por um segundo ser livre de todas essas amarras, de toda essa perfeição, se é assim que se pode chamar. Tão jovem e tão enjaulada.
'Preso à minha classe e a algumas roupas, vou de branco pela rua cinzenta; Melancolias, mercadorias espreitam-me. Devo seguir até o enjôo? Posso, sem armas, revoltar-me?'

05/12/2012

O mundo aos de Clarissa- A constatação



O medo a descreve nesse momento. Tola, muito tola. Queria ser um pouquinho só mais firme. Clarissa não é um personagem qualquer de uma história (sim, 'hi' pois é real) qualquer. Ela é o personagem principal, apesar de se mostrar uma figurante. E ela sente medo disto. Por esta falta de firmeza ela pensa que talvez fosse melhor não aparecer nas páginas principais do livro.
Não a julgo. Nenhum de nós humanos conseguimos ser tão seguros o tempo todo. Um dia se está no auge, no próximo na lama. Como não ter medo disto?!
Sua vida parece um tanto quanto bagunçada. 'Estou perdida'- Clarissa sussurra em meio aos seus lençóis. Não sabe ao certo o que fazer para curar isto. Se é que isto é um mal, e se é que há uma cura.