07/04/2013

Clímax


Dia desses estive chorando numa espécie de transe. O nervosismo de uma grande briga se abateu sobre mim. Não vou explicar as causas, apenas se é necessário citar que este fato aconteceu. Fiquei me tremendo. Não era uma cena nada bonita de ver. Uma garota entrando em um local, chorando, desesperada. Ninguém disse nada. Talvez a maioria não tenha visto de verdade. Eu realmente consigo me fazer invisível quando quero. Mas uma pessoa percebeu. Um rapaz, a quem eu só observava. 

Raramente lhe dirigi a palavra, mas sempre fui muito educada. Ele me analisou, ficou parado, esperando como se algo fosse acontecer. Talvez achando que eu explodiria em mil pedacinhos (o que não era má ideia no momento). Aquele olhar se manteve firme em mim e, por isto, me afastei um pouco. Os minutos foram se passando e fui me acalmando. As pessoas ocasionaram um efeito em: o de tranquilidade. Logo havia até me esquecido de tudo. 

Então, ficamos a sós. Aquele rapaz começou a conversar comigo. Estranhei. Ele não é do tipo que fica puxando muito assunto. Mas ele viu meu lado mais fraco, ele me viu completamente sensível e resolveu se aproximar de alguma forma, do jeito mais delicado possível. Eu percebi seu olhar mais uma vez. Não era  um olhar de análise, era de cuidado. Era de zelo. Como se não quisesse que algo ruim acontecesse novamente. Senti vontade de agradecê-lo, mas por o quê? Por me olhar? Por falar comigo? É estranho. Não existe uma conclusão, existe aqui um desejo de agradecimento. Foi muita atitude (que de tão pequena se tornou grande) para um momento tão conturbado. 

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